Indicações

Aqui vai uma lista do que lemos e de quem nos influencia. São referências que também podem servir como ótima introdução ao cristianismo racional. Esta página será atualizada aos poucos.

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Livros


Ortodoxia - G. K. Chesterton

Quando Chesterton decidiu seguir o cristianismo, não o achou pronto a princípio, queria aparar as arestas dele e polir suas convicções. Ele descreve sua busca pela fé cristã aperfeiçoada como a viagem de um homem que deixa seu país de origem, faz uma longa viagem e termina por descobrir que a Terra Prometida era na verdade sua terra natal. O livro conta de forma poética - e ácida em muitas ocasiões - a viagem argumentativa da redescoberta da ortodoxia.



Cristianismo Puro e Simples - C. S. Lewis

A Europa havia sido totalmente conquistada por Hitler, a Rússia havia assinado um acordo de não-agressão com a Alemanha e a Grã Bretanha resistia isolada à ameaça nazista. C. S. Lewis, um professor da faculdade de Oxford, resolveu atender ao pedido da BBC e gravar uma série de pequenas falas para motivar as tropas que lutavam na Segunda Guerra. Mais tarde, o professor publicou a compilação desse material que, num primeiro momento, debruça-se sobre a ideia de uma lei natural e universal inerente a todos os homens e que seria um sinal inconteste da existência de Deus, e termina por buscar as características básicas da fé, comuns a todas as vertentes do cristianismo.


A Abolição do Homem - C. S. Lewis

Algumas décadas atrás, sob a influência do verificacionismo, os valores morais absolutos foram postos em cheque: tudo que não podia ser comprovado empiricamente era tido como uma questão de opinião individual ou emoção, como uma questão relativa. Esse relativismo foi levado às últimas consequências e, hoje,  apesar de uma considerável parte da Academia já o haver abandonado ainda sentimos sua pesada influência no senso comum, ninguém mais pode dizer que algo é certo ou errado, afinal, todo posicionamento é uma questão puramente subjetiva e não objetiva. Lewis recorre ao pensamento dos cristãos medievais e à ideia da lei natural, aprofundando, dessa forma, o conceito apresentado no livro acima e mostrando a necessidade dos valores morais absolutos e as consequências sombrias de tentarmos livrarmo-nos deles.


An Experiment in Criticism - C. S. Lewis

Lewis começa descrevendo duas formas de apreciar um livro, a literária e a não-literária. No primeiro caso, o livro causa um impacto sobre a vida mental do leitor que só encontra rival no amor, na experiência religiosa ou no luto; como consequência, ele relê e, quando sozinho, recita suas estrofes ou linhas favoritas. No segundo tipo, por outro lado, lê-se apenas quando não há nenhuma outra opção e o livro deixa quase nenhum rastro depois de terminado. Lewis propõe uma nova forma de julgar um livro, colocando o foco dessa avaliação num ponto diferente dos habituais como a forma ou estrutura da obra, ou mesmo a qualidade de sua crítica social. Tampouco descarta o problema, dizendo que tudo é apenas uma questão de ponto de vista ou gosto pessoal. Sua proposta é que julguemos um livro pelo tipo de leitura que ele provoca, literária ou não-literária, um livro bom é um livro capaz de gerar boas leituras.


Verdade Absoluta - Nancy Pearcey

Como no cativeiro babilônico dos tempos de Judá, o cristianismo hoje também está aprisionado. Mas não por barreiras físicas, geográficas ou políticas. A prisão moderna é um cativeiro cultural. Nancy Pearcey descreve a situação do pensamento cristão contemporâneo aprisionado pela cultura secular e lançado ao âmbito dos “valores”, da vida privada. Buscando trazê-lo de volta à mesa pública, Pearcey argumenta apaixonadamente que o cristianismo é uma verdade total, e não apenas religiosa. A fé cristã implica em uma cosmovisão completa que impacta tanto a cultura e a filosofia como a política e a ciência. Somente assim – trazendo a aplicação do pensamento cristão para todas as esferas da sociedade – é possível desacorrentar o poder do cristianismo de redimir a cultura e transformar a sociedade.


A Alma da Ciência - Nancy Pearcey

No senso comum, Galileu foi um cientista perseguido porque suas ideias contrariavam os dogmas da igreja cristã, e Newton se tornou o pai da física moderna ao se desprender do fanatismo religioso dos padres. Os "cientistas", portanto, se opuseram desde sempre aos valores mais caros do Cristianismo. Será mesmo? Pearcey mostra que não. Ela explora os nexos muito próximos entre o Cristianismo e a ciência, especialmente no caso de Newton, e elucida o quanto os valores cristãos foram importantes e fundacionais para o pensamento científico moderno. É, além do mais, um convite para que o cristão reafirme suas raízes, em vista do que elas promoveram para o conhecimento científico. Traduzido pela Editora Cultura Cristã, "A Alma da Ciência: Fé Cristã e Filosofia Natural".



 Reasonable Faith - William Lane Craig

Sam Harris, o famoso defensor do ateísmo, disse que William Lane Craig é "o apologeta cristão que colocou o medo de Deus em muitos dos meus colegas ateus". Harris não é o único a mostrar respeito pelo filósofo, Craig já defendeu a causa cristã com propriedade em debates públicos contra alguns dos maiores e mais brilhantes opositores da fé. Nesse livro, de forma acessível, ele aborda alguns dos pontos de controvérsia mais fundamentais do cristianismo, como os milagres, a historicidade da ressurreição de Jesus e a existência de Deus.



The Bible, Protestantism, and the Rise of Natural Science - Peter Harrison

O que explica o surgimento da ciência moderna? Essa é uma pergunta que os historiadores da ciência buscam responder há mais de um século. Já não se aceitam mais explicações monocausais, mas sempre se coloca uma causa em destaque. Peter Harrison, historiador de erudição e rigor assombrosos, lança neste livro a tese que lhe rendeu sua fama. Durante a Idade Média, a visão da natureza era condicionada pelas alegorias bíblicas, e tinha como consequência a busca por paralelos bíblicos nos fenômenos naturais. A ciência moderna, pelo contrário, teria surgido como consequência da Reforma Protestante e da leitura literal da Bíblia, que libertou a visão dos filósofos da busca de analogias bíblicas, e permitiu o estudo da natureza em si mesma. Uma tese engenhosa e incrivelmente bem documentada. Um clássico recente na historiografia da ciência.



The Fall of Adam and the Foundations of Science - Peter Harrison

Mais uma vez Peter Harrison nos presenteia com um estudo exímio da relação entre Cristianismo e ciência. Agora, ele estuda de que forma a doutrina do pecado original e da queda de Adão, relatada no terceiro capítulo de Gênesis, foi fundamental para o surgimento da ciência como entendemos hoje. Em linhas gerais, Harrison argumenta que o Cristianismo protestante, enfatizando a queda do homem e de sua razão, exigia o uso da experimentação como forma de corrigir os raciocínios humanos. Assim surge a ciência experimental. Além disso, a ciência é vista como forma de readquirir um conhecimento pré-existente no homem antes da queda, o homem perfeito: Adão.



The Metaphysical Foundations of Modern Science - Edwin Arthur Burtt

Durante o século XIX, pretendeu-se transmitir a ideia de que a ciência não passava de experimentos, números e fórmulas para se chegar à verdade sobre o mundo natural. Foi o período da chamada ciência positivista, que se pensava um conhecimento puro e objetivo, desprovido de quaisquer valores humanos pessoais. Burtt é o primeiro historiador a refutar essa ideia de forma magistral com esta obra, publicada em 1924. Burtt mostra como Galileu, Kepler, Descartes, Boyle e Newton eram homens repletos de valores pessoais, principalmente religiosos, e de que forma suas ideias científicas dependem desses valores. Vemos se dissipar a fantasia de um Newton engenheiro e surgir um Newton teólogo e alquimista, que usa de sua mágica e teologia para dar sentido às suas leis físicas universais.


Religion and The Rise of Modern Science - Reijer Hooykaas

O que as doutrinas do reformador protestante João Calvino têm a ver com o surgimento da ciência moderna? Aparentemente, tudo. Hooykaas, historiador holandês, aborda de que forma a doutrina da plena soberania de Deus e do voluntarismo impulsionou a ciência experimental. Deus, soberano sobre todas as coisas, criou o universo da forma que bem escolheu, de acordo com sua vontade. Assim, a única forma do homem conhecer esse universo é perguntando diretamente à natureza, por meio dos experimentos. A razão se torna impotente para descobrir o funcionamento do mundo, e a 'filosofia' começa a ceder lugar à 'ciência'.



Conflito de Visões: Origens Ideológicas das Lutas Políticas - Thomas Sowell

Thomas Sowell buscou apresentar nessa obra os pressupostos fundamentais das visões políticas que estão em conflito na modernidade. Segundo Sowell, é verdadeiro que os temas dos debates políticos estão sempre mudando (por exemplo, direitos civis, cotas raciais, taxação de impostos, e etc), porém uma análise cautelosa desses conflitos revela um padrão: a persistência de duas visões antagônicas sobre a natureza do ser humano e sobre como ele obtém conhecimento. Assim, fazendo um esforço para não defender nenhum dos lados, Sowell identifica duas visões do ser humano: uma negativa, vendo-o como imperfeito, limitado, e dependente da experiência coletiva e de instituições externas, e outra positiva, onde o ser humano é capaz de construir a perfeição de sua própria natureza e da sociedade. A obra é leitura obrigatória para qualquer pessoa interessada em política. A editora É realizações (que, aliás, detém um catálogo digno de nota) fez um ótimo trabalho ao trazê-la para o Brasil.

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